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Apesar de a obesidade e as informações a respeito serem cada vez mais comuns na sociedade, os obesos ainda sofrem uma série de estigmas, como o de que o excesso de gordura corporal está ligado à preguiça ou a falta de atitude.

Esses conceitos errados geram pressões psicológicas, que se refletem no corpo, causando um ciclo vicioso se não tratado.

Para esclarecer melhor a respeito da chamada obesidade emocional, conversamos com a psicóloga, Alissandra Lima. Acompanhe e fique por dentro.

Como pode ser definida a obesidade emocional?

Além da obesidade em si ser um motivo de preconceito, como citamos, a doença pode ser desencadeada por fatores emocionais, já que é considerada multifatorial.

A obesidade emocional ocorre como uma tentativa de substituir sentimentos negativos como ansiedade, estresse, angústia e tristeza pelo ato de comer, em busca de um conforto, mesmo que momentâneo.

É como se o vazio causado por esses sentimentos pudesse ser preenchido pela comida. A questão é que esses gatilhos emocionais acabam aumentando o apetite e causando a ingestão excessiva de alimentos, o que resulta no aumento de peso ou na obesidade.

É importante dizer que um trauma psicológico também pode ter esse efeito, como a perda de um ente querido ou um divórcio, gerando sentimentos que, se não tratados, podem desencadear o problema.

Conheça 5 males emocionais que a obesidade pode causar

Os males que a obesidade pode causar ao corpo são amplamente divulgados, como aumento do risco para doenças cardiovasculares, diabetes, pressão alta e diversos tipos de câncer.

Porém, é importante também falarmos dos problemas emocionais que podem ser causados pelo excesso de gordura corporal. Conheça cinco deles:

– baixa autoestima: seja por não caber nas roupas, por não estar no padrão estético exigido pela sociedade ou por não gostar da autoimagem;

– medo: de não ter a aceitação das pessoas, não ser desejado pelo parceiro, entre outros;

– isolamento social: o obeso passa a sentir vergonha de comer na frente dos outros, por receio de ser julgado. Além disso, pode passar a se manter longe das pessoas por se sentir inadequado, deixando até de realizar atividades sociais ou de lazer que antes fazia;

– culpa: passa a culpar a si mesmo por não conseguir emagrecer e, muitas vezes, come ainda mais para compensar esse sentimento ruim;

– falta de libido: além dos problemas físicos que a obesidade pode causar, os emocionais também acabam diminuindo o desejo sexual, seja por vergonha de seu corpo ou por sentimentos como tristeza e/ou depressão.

Vale lembrar que todos esses males acabam piorando ou desencadeando transtornos emocionais diversos. Além disso, as situações estressantes acabam por liberar o hormônio cortisol, responsável por estimular o aumento da ingestão de alimentos, o que torna o excesso de peso um ciclo vicioso.

Como a obesidade emocional deve ser tratada?

Para que a obesidade emocional seja tratada, é essencial o acompanhamento psicológico junto ao processo de perda de peso convencional, por dieta e exercícios, ou, quando não houver resultados, com a cirurgia bariátrica.

Este tratamento traz diversos benefícios ao paciente, como por exemplo:

– melhora da qualidade de vida: devido à perda de peso, a pessoa se sente mais disposta para voltar a fazer atividades que antes não fazia, pois se elimina a limitação causada pela obesidade;

– melhora da saúde como um todo: com o emagrecimento, além de melhorar os índices de gordura corporal (IMC), colesterol ou triglicerídeos e desinflamar o organismo, há redução dos riscos de desenvolver outras doenças crônicas associadas à obesidade.

Antes de realizar o procedimento, o paciente que tem a indicação à cirurgia bariátrica deve se consultar com diversos especialistas, para ampla avaliação de sua saúde.

Isso inclui o psicólogo, que avalia o aspecto emocional e o ajuda a lidar com sentimentos, angústias e frustrações.

Após a cirurgia, o acompanhamento multidisciplinar continua sendo de suma importância, pois as mudanças que o paciente precisa realizar são para toda a vida, uma vez que a obesidade tem tratamento, mas não tem cura.

Se você está acima do peso e quer emagrecer com o auxílio da cirurgia bariátrica, agende a sua consulta para saber se é candidato e quais são as próximas etapas do processo. Teremos muita satisfação em te atender!

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