Você sabe como o diabetes afeta o organismo?

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Segundo dados do Atlas do Diabetes, o número de casos da doença no Brasil aumentou em 26,6% nos últimos 10 anos. Atualmente, o país se encontra na sexta posição mundial em relação aos diagnósticos e a previsão é de que haja 643 milhões de diabéticos em 2030.

Outro dado alarmante do estudo é que aproximadamente 44,7% dos portadores não sabem que têm o problema.

Ou seja, deixam de ter o tratamento adequado, o que inclui mudanças hábitos, medicamentos e cirurgia metabólica quando associado à obesidade. Com isso, o organismo é prejudicado de várias formas, podendo levar a consequências graves.

Para esclarecer como a condição afeta o corpo, bem como trazer um alerta para quem possa ter a patologia, mas desconhece esse fato, desenvolvemos este conteúdo, que contou com a participação do cirurgião bariátrico, Dr. Pedro Henrique Caron. Confira e conheça os danos mais frequentes.

Retinopatia diabética

Na área dos olhos, o efeito mais comum da doença é a retinopatia diabética. Ela acontece devido aos danos nos vasos sanguíneos próximos à retina, que incham e extravasam sangue. Sua relação com o diabetes se dá em função das altas taxas de açúcar no sangue e hipertensão arterial, que são fatores de risco.

Caso o problema não seja tratado, pode haver descolamento de retina e até cegueira. Seu desenvolvimento é lento, por isso normalmente ocorre com diabéticos que passaram anos sem se cuidar, seja por falta de conhecimento ou negligência. Os principais sintomas são:

– visão embaçada ou dupla;

– dor nos olhos;

– perda de visão noturna;

– mudanças repentinas na visão;

– observação de pontos negros com frequência.

Nefropatia diabética

Este é um termo genérico que se refere a alterações do funcionamento normal dos rins. Se a pessoa não é diagnosticada enquanto existe tratamento, pode ocorrer a falência renal.

A principal causa do problema é a hipertensão arterial, comum nos pacientes diabéticos e nos obesos. É importante ressaltar que os sintomas costumam aparecer apenas em estágios tardios, por isso são recomendados exames de rotina, como os de urina, que conseguem detectar as nefropatias. Conheça os principais sintomas:

– inchaço nas mãos, tornozelos, pés e pernas, em função da retenção de líquidos;

– falta de ar ao realizar atividades, desde as mais simples;

– urina escura ou com presença de sangue;

– fadiga;

– náusea e vômitos.

Neuropatia diabética

Os nervos também são afetados pelo diabetes sem controle, quando as taxas de açúcar chegam a níveis muito altos.

Isso porque a glicemia elevada danifica os vasos sanguíneos que nutrem os nervos, e, como consequência, eles são prejudicados. Nesse sentido, é importante ficar atento aos seguintes sinais:

– formigamento ou sensibilidade nas mãos e pés;

– sudorese excessiva;

– perda da sensibilidade à temperatura;

– dores sem causa aparente;

– dor excessiva frente a um pequeno estímulo;

– queimação local, mais comum nos dedos polegar, indicador e médio.

Conforme o grau da neuropatia diabética, a pessoa pode perder força, mas isso ocorre quando as áreas periféricas já foram afetadas, atingindo a musculatura motora.

Doenças do coração

Como citado, o diabetes normalmente eleva a pressão arterial, além de aumentar os níveis de colesterol no sangue. Isso, por sua vez, prejudica o bom funcionamento do coração, aumentando as chances de doenças coronárias e vasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Por isso, é essencial que os diabéticos monitorem a saúde por meio de exames como os de pressão e sangue, de forma a diagnosticar qualquer condição e tratá-la antes que se agrave.

Diabetes e obesidade

O excesso de peso e de gordura abdominal são fatores de risco importantes para o diabetes, por isso a grande maioria dos obesos são diabéticos. Ou seja, a relação entre as condições é simples e direta.

A boa notícia é que é possível tratar as duas doenças tanto com mudanças no estilo de vida, envolvendo dieta e exercícios físicos, quanto com medicações e, em muitos casos, a cirurgia metabólica.

Essa intervenção cirúrgica vem se mostrando, em vários estudos, bastante efetiva no que diz respeito ao controle do diabetes quando comparada ao tratamento medicamentoso, além da redução de diversas outras comorbidades associadas à obesidade.

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